sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

NOMEADOS PARA OS OSCARES DE HOLLYWOOD 2017

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CONTINUANDO DO "GRAND SLAM" DOS
PRÉMIOS DE CINEMA 2017, EIS OS
MOMEADOS PARA OS OSCARES,



Os nomeados para os Óscares 2017 foram anunciados esta terça-feira, 24 de janeiro, pelos atores Ken Watanabe, Brie Larson, Jennifer Hudson, Glenn Close, Marcia Gay Harden, Terrence Howard, Demian Bichir, os realizadores Jason Reitman e Guillermo del Toro, o argumentista Dustin Lance Black e a Presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, Cheryl Boone Isaacs.
O musical de Damien Chazelle, La La Land: Melodia do Amor, lidera a corrida com 14 indicações.
A 89.ª edição da cerimónia de entrega das estatuetas douradas, conduzida pela primeira vez por Jimmy Kimmel, terá lugar no próximo dia 26 de fevereiro, no Dolby Theatre, Los Angeles.
A lista nomeados nas principais categorias:



MELHOR FILME

La La Land: Melodia de Amor

Manchester by the Sea

Moonlight

O Primeiro Encontro

Hell or High Water – Custer o Que Custar

Lion: A Longa Estrada para Casa

Elementos Secretos

O Herói de Hacksaw Ridge

Vedações
MELHOR REALIZADOR

Damien Chazelle, La La Land: Melodia de Amor

Kenneth Lonergan, Manchester by the Sea

Barry Jenkins, Moonlight

Denis Villeneuve, O Primeiro Encontro

Mel Gibson, O Herói de Hacksaw Ridge
MELHOR ATOR

Casey Affleck, Manchester by the Sea

Denzel Washington, Vedações

Viggo Mortensen, Capitão Fantástico

Ryan Gosling, La La Land: Melodia de Amor

Andrew Garfield, O Herói de Hacksaw Ridge
MELHOR ATRIZ

Emma Stone, La La Land: Melodia de Amor

Natalie Portman, Jackie

Isabelle Huppert, Ela

Meryl Streep, Florence, Uma Diva Fora de Tom

Ruth Negga, Loving
MELHOR ATOR SECUNDÁRIO

Mahershala Ali, Moonlight

Dev Patel, Lion – A Longa Estrada Para Casa

Jeff Bridges,Hell or High Water – Custe o Que Custar!

Michael Shannon, Animais Noturnos

Lucas Hedges, Manchester by the Sea
MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA

Octavia Spencer, Elementos Secretos

Naomie Harris, Moonlight

Nicole Kidman, Lion – A Longa Viagem para Casa

Michelle Williams, Manchester by the Sea

Viola Davis, Vedações
MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO

Zootrópolis

Kubo e as Duas Cordas

Vaiana

The Red Turtle

My Life as a Zucchini
MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO (CURTA-METRAGEM)

Blind Vaysha

Borrowed Time

Pear Cider and Cigarettes

Pearl

Piper
MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL

Kenneth Lonergan, Manchester by the Sea

Damien Chazelle, La La Land: Melodia de Amor

Yorgos Lanthimos & Efthymis Filippou, A Lagosta

Taylor Sheridan, Hell or High Water – Custe o Que Custar!

Mike Mills, Mulheres do Século XX
MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO

Barry Jenkins, Moonlight

Eric Heisserer, O Primeiro Encontro

August Wilson, Vedações

Luke Davies, Lion - A Longa Estrada para Casa

Allison Schroeder e Theodore Melfi, Elementos Secretos
MELHOR FILME ESTRANGEIRO

Toni Erdmann (Alemanha)

The Salesman (Irão)

Land of Mine (Dinamarca)

Tanna (Austrália: Martin Butler)

A Man Called Ove (Suécia)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

“City of Stars” - La La Land: Melodia de Amor

“Audition (The Fools Who Dream)” - La La Land: Melodia de Amor

“How Far I’ll Go” - Vaiana

“Can’t Stop the Feeling” - Trolls

“The Empty Chair - Jim: The James Foley Story
MELHOR BANDA SONORA

La La Land: Melodia de Amor

Moonlight

Jackie

Passageiros

Lion – A Longa Estrada Para Casa
MELHOR GUARDA-ROUPA

Jackie

La La Land: Melodia de Amor

Florence, Uma Diva Fora de Tom

Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los

Aliados
MELHOR DIREÇÃO ARTÍSTICA

La La Land: Melodia de Amor

O Primeiro Encontro

Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los

Passageiros

Salve, César!
MELHOR FOTOGRAFIA

Linus Sandgren, La La Land: Melodia de Amor

James Laxton, Moonlight

Greig Fraser, Lion – A Longa Estrada para Casa

Rodrigo Pietro, Silêncio

Bradford Young, O Primeiro Encontro
EFEITOS VISUAIS

O Livro da Selva

Doutor Estranho

Rogue One: Uma História Star Wars

Kubo e as Duas Cordas

Deep Horizon
MELHOR DOCUMENTÁRIO (LONGA-METRAGEM)

O.J.: Made in America

13th

I Am Not Your Negro

Fire at Sea

Life, Animated!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

IX CIMEIRA DOS MENINOS

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AS NOSSA REUNIÕES MENSAIS SAO
A CONTINUAÇÃO DA NOSSA RELAÇÃO
INTENSA QUE TIVÉMOS NO SETIMO
ANDAR DO EDIFICIO 25.

Sim, cada vez há menos dos nossos senadores à mesa,uns porque partiram, outros por PDI e ainda outros por inercia.

A nossa PM DIA, "que não se rende" enviou a CONVOCATÓRIA para o dia 31 deste mês:

"Amigas/os , cá estou a divulgar o nosso almoço/encontro mensal de Janeiro. Apesar do local já ser bem conhecido de muitos iremos novamente ao rest " Os Meninos " - Rua do Charquinho, 2B, Benfica. Todos os que lá têm ido gostam não só da comida como do ambiente, por isso temos almoçado lá várias vezes. Lembro que no inicio destes encontros íamos sempre aos irmãos, no Pote de Água, porque se comia lá bem. Quando tomei as rédeas da organização os almoços foram acontecendo em vários locais, muitos fora de Lisboa. Claro que tive ajudas da Manuela Silva ( Ministra dos Transportes ) que tratava das camionetas onde nos deslocávamos. Também o Herdeiro, o Farinho, conhecedores do Alentejo, organizaram almoços. Os encontros em locais onde necessitamos de transporte foram abolidos pois precisamos de encher a camioneta mais pequena, 30 lugares, para que não sai muito caro o transporte. Agora termino dizendo-vos que já há meses que aparecem nos almoços 12/14 pessoas e por vezes menos.

Agora vamos à ementa de dia 31: Entradas, Pato Assado com arroz bebidas.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

LISBOA.....HÁ UMS ANOS ATRÁS....

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AVENIDA DA REPUBLICA que já se chamou RESSANO GARCIA, A PLACA CENTRAL MUITO LARGA E DE TERRA BATIDA, OS CARROS (muito poucos na época circulavam de tempos a tempos...nas partes laterais de 1 só sentiso.


AVENIDA DE ROMA , ao fundo o HOSPITAL JULIO DE MATOS
Na imagem nos terrenos à direita seria construído o Cinema Alvalade e a Escola Conercial Eugénio dos Santos.

sábado, 14 de janeiro de 2017

A AMÉRICA REGRESSA À IDADE MÉDIA

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E A PARTIR DO DIA 20....

A Améria regressa *a Idade Média, mergulha numa grande noite de obscurantismo e irracionalidade.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

letra f

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Um alentejano chega ao restaurante, senta-se e, acenando com o braço, diz:
- Faz favor: frango frito, favas, farinheira...
- Acompanhado com quê?
- Feijão.
- Deseja beber alguma coisa?
- Fanta fresca.
- Um pãozinho antes da refeição?
- Fatias fininhas.
O empregado anota o pedido, já meio intrigado: "o tipo fala tudo com F's!"
Depois do homem terminar a refeição, o empregado pergunta-lhe:
- Vai querer sobremesa?
- Fruta.
- Tem alguma preferência?
- Figos.
Depois da sobremesa, o empregado:
- Deseja um café?
- Forte. Fervendo.
Quando o cliente termina o café:
- Então, como estava o cafézinho?
- Frio, fraco. Faltou filtrar formiguinha flutuando.
Aí o empregado pensa: "Vamos ver até aonde é que ele vai".
- Como é que o senhor se chama?
- Fernando Fagundes Faria Filho.
- De onde vem?
- Faro.
- Trabalha?
- Fui ferreiro.
- Deixou o emprego?
- Fui forçado.
- Por quê?
- Faltou ferro.
- E o que é que fazia?
- Ferrolhos, ferraduras, facas... ferragens.
- Tem um clube favorito?
- Fui Famalicense.
- E deixou de ser porquê?
- Futebol feio, farta.
- Qual é o seu clube, agora?
- Farense.
- O senhor é casado?
- Fui.
- E sua esposa?
- Faleceu.
- De quê?
- Foram furúnculos, frieiras... ficou fraquinha... finou-se.
O empregado de mesa perde a calma:
- Olhe! Se você disser mais 10 palavras começadas com a letra F... não
paga a conta. Pronto!
- Formidável, fantástico. Foi fácil ficar freguês falando frases fixes.
O homem levanta-se e dirige-se para a saída, enquanto o empregado ainda lança:
- Espere aí! Ainda falta uma!
O homem responde, sem se virar:
- Faltava!..

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

OLIVEIRA BI CENTENÁRIA

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O ser vivo mais antigo de Portugal, encontra-se no Algarve, perto da Cidade de Tavira.


No Aldeamento Turístico Pedras d'el Rei
TEM MAIS DE 2000 ANOS !!!!!
Julga-se que foram os Fenícios que terão trazido da Mesopotâmia.
É enorme, com cerca de 7,70m de altura e uma envergadura de 10m por 11,80m.
A Oliveira Bimilenária, considerada o ser vivo mais antigo de Portugal.
No seu interior encontra-se uma “sala” circular com 1,30m de diâmetro.


segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

PREMIADOS DOS GOLDEN GLOBES 2017

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E OS PREMIADOS DOS GOLDEN GLOBES
QUE ONTEM FORAM CONHECIDOS SÃO:




"La La Land" arrebata sete Globos de Ouro na noite de Meryl Streep

Filme com Emma Stone e Ryan Gosling venceu em todas as categorias para que estava nomeado. Meryl Streep levou prémio carreira e teve momento político da noite

O filme "La La Land" triunfou no domingo nos prémios de cinema e televisão Globos de Ouro, conquistando sete galardões, em todas as categorias para que estava nomeado.

"La La Land", um tributo nostálgico aos musicais da época dourada de Hollywood, foi considerado o melhor filme na categoria de comédia ou musical, e arrecadou também prémios de melhor realização (Damien Chazelle) e melhores interpretações masculina e feminina, para o par Emma Stone e Ryan Gosling.

O filme, que se estreia nos cinemas portugueses no dia 26, venceu ainda os prémios de melhor argumento (Damien Chazelle), melhor banda sonora original (Justin Hurwitz) e melhor canção ("City of Stars").

O vencedor na categoria de melhor drama foi "Moonlight", primeira longa-metragem de traços biográficos de Barry Jenkins.

Casey Affleck venceu na categoria de melhor ator de drama em "Manchester by the Sea", e Isabelle Huppert na mesma categoria feminina, pelo desempenho em "Elle", filme que conquistou também o galardão de melhor filme estrangeiro.

Os prémios de melhor atriz e ator secundários foram para Viola Davis ("Fences") e Aaron Taylor-Johnson ("Animais Noturnos").

Na televisão os prémios foram mais disputados: "The Crown" venceu a categoria de melhor série dramática e "Atlanta" a melhor série de comédia.

O melhor ator em série dramática foi Billy Bob Thornton ("Goliath") e a atriz Claire Foy ("The Crown"). Na comédia, as interpretações favoritas foram de Donald Glover ("Atlanta") e Tracee Ellis Ross ("black-ish").

A minissérie "O gerente da noite", a partir de uma obra de John Le Carré, conquistou três dos quatro prémios para que estava nomeada: melhor ator de minissérie/telefilme (Tom Hiddleston), melhor ator secundário de série/telefilme (Hugh Laurie) e melhor atriz secundária de série/telefilme (Olivia Colman).

O momento político da noite coube a Meryl Streep, vencedora do prémio carreira, que criticou o Presidente eleito Donald Trump pela retórica de desunião.


"Vocês e todos nós nesta sala pertencemos verdadeiramente aos segmentos mais vilipendiados da sociedade norte-americana neste momento. Pensem nisso. Hollywood, estrangeiros e a imprensa", disse em tom de piada.

"Mas quem somos nós? E o que é Hollywood, de qualquer forma? Um monte de pessoas de outros sítios. Hollywood está cheia de forasteiros e estrangeiros. Se corrêssemos com todos, não havia nada para ver, a não ser futebol e artes marciais, que não são bem artes", afirmou.

O discurso de Streep aconteceu a menos de duas semanas da tomada de posse de Trump, que realizou uma campanha contra mexicanos e muçulmanos.

Os Globos de Ouro, prémios do cinema e da televisão atribuídos pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, são vistos habitualmente como uma antecâmara dos Óscares.

Segue-se a lista dos vencedores dos prémios Globos de Ouro de 2016, entregues na noite de domingo no hotel Beverly Hilton, em Los Angeles:



Cinema:

Melhor drama: "Moonlight"

Melhor comédia/musical: "La La Land"

Melhor realizador: Damien Chazelle, "La La Land"

Melhor ator de drama: Casey Affleck, "Manchester by the Sea"

Melhor atriz de drama: Isabelle Huppert, "Elle"

Melhor ator de comédia/musical: Ryan Gosling, "La La Land"

Melhor atriz de comédia/musical: Emma Stone, "La La Land"

Melhor ator secundário: Aaron Taylor-Johnson, "Nocturnal Animals"

Melhor atriz secundária: Viola Davis, "Fences"

Melhor filme estrangeiro: "Elle"

Melhor filme de animação: "Zootopia"

Melhor argumento: Damien Chazelle, "La La Land"

Melhor banda sonora original: Justin Hurwitz, "La La Land"

Melhor música original: "City of Stars", "La La Land"



Televisão:

Melhor série dramática: "The Crown"

Melhor ator de drama: Billy Bob Thornton, "Goliath"

Melhor atriz de drama: Claire Foy, "The Crown"

Melhor série de comédia: "Atlanta"

Melhor ator de comédia ou musical: Donald Glover, "Atlanta"

Melhor atriz de comédia ou musical: Tracee Ellis Ross, "black-ish"

Melhor minissérie/telefilme: "The People vs O.J. Simpson"

Melhor ator de minissérie/telefilme: Tom Hiddleston, "O gerente da noite"

Melhor atriz de /minissérie/telefilme: Sarah Paulson, "The People vs O.J. Simpson"

Melhor ator secundário de série/minissérie/telefilme: Hugh Laurie, "O gerente da noite"

Melhor atriz secundária de série/minissérie/telefilme: Olivia Colman, "O gerente da noite"

Prémio Carreira Cecil B. DeMille: Meryl Streep

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

NA ROTA DOS PRÉMIOS DE CINEMA

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EVIDENTEMENTE QUE TANTO OS OSCARES
DE HOLLYWOOD ,COMO OS GOLDEN GLOBES
OS CRITICS CHOICE, BAFTAS E OUTROS
DO "GAND SLAM DO CINEMA, NÃO TÊM A
PUREZA DOS FESTIVAIS DE BERLIN E
CANNES, ONDE O CINEMA DE QUALIDADE
SEM FINS COMERCIAIS, COLHE MAIS
APREÇO.

A poucos dias de conhecer o barómetro que constiyui o GOLDEN GLOBES (10 DE JANEIRO) a TRANCA vai continuar a apresentar os filmes que estão....

...Na esteira dos filmes candidatos a GODEN GLOBES, CRISTICS CHOICE, OSCARES etc está MANCHESTER BY THE SEA.


Lee Chandler (Casey Affleck) é forçado a retornar para sua cidade natal com o objetivo de tomar conta de seu sobrinho adolescente após o pai (Kyle Chandler) do rapaz, seu irmão, falecer precocemente. Este retorno ficará ainda mais complicado quando Lee precisar enfrentar as razões que o fizeram ir embora e deixar sua família para trás, anos antes.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

MARILIA MENDONÇA, A NOVA LOUCURA DA MUSICA SERTANEJA DO BRASIL

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NO BRASIL DE QUANDO EM VEZ
SURGE UMA NOVA VOZ ASSIM
PODEROSA, COMO A DE MARILIA
MENDONÇA,

o BRASIL tem mais uma diva , a nordestina MARILIA MENDONÇA,

Marília Dias Mendonça, mais conhecida como Marília Mendonça é uma cantora e compositora brasileira do gênero sertanejo.
Nascimento: 22 de julho de 1995 (21 anos), Cristianópolis, Goiás, Brasil
Nacionalidade: Brasileiro

Marília Mendonça é goiana, e tem apenas 20 anos. Ainda quando menor de idade, começou a se destacar como compositora, contribuindo com a canção “Minha Herança”, assinada por ela e pelo Frederico. Nesse mesmo período, Marília compôs também “Vai ter balanga” que também entrou no DVD gravado em 2011.

Mesmo com pouca idade, Marília coleciona grandes sucessos como compositora, “É Com Ela Que Eu Estou” na voz de Cristiano Araújo, “Até você voltar” e “Cuida Bem Dela” sucesso de Henrique & Juliano.

Em 2015 Marília Mendonça gravou seu primeiro DVD, com direção musical de Eduardo Pepato e vídeo Fernando Trevisan, o Catatau.

Marília Mendonça faz parte da WorkShow, escritório de agenciamento que possui no cast Henrique & Juliano, Zé Neto & Cristiano, Marcos & Fernando e Maiara & Maraísa.



Álbuns: Marília Mendonça - Ao Vivo, Agora É Que São Elas Ao Vivo (Acústico), Marília Mendonça (Ao Vivo)

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

PRÉMIOS DE CINEMA

ESTÁ NO ADN DA TRANCA E DOS
NOSSOS COMPANHEIROS RESIDENTES
NO ANTIGO RC, NO 7º.ANDAR DO
EDIFICIO 25 -7º. DO AEROPOTO
O "BICHINHO" DO CINEMA.

Quem se lembra das saídas no turno da 08.00/16.00. sairmos da TAP directamente para o QUARTETO?
E do nosso placard na sala de convívio onde colocávamos o nome dos filmes am exibição em Lisboa, e À frente inscrivíamos a nossa classificação de 0 a 5.

Lembro-me de filmes como o TAXI DRIVER, APOCALIPSE NOW 2001 ODISSEIA NO ESPAÇO, terem obtido a unanimidade dos 5 (cincos)

Deixo aqui o calendário dos Prémiso de cimema desta época, sendo que alguns já atribuíram os prémios e outros já eatão nomeados.

Todos os anos, entre o final de outubro e o final de fevereiro, ou princípio de março, o universo cinematográfico entra na chamada Award Season.

Esta temporada de cerimónias de prémios de cinema culmina, como seria de esperar, com a cerimónia dos Óscares. Com o passar dos anos a quantidade de prémios percursores dos Óscares tem crescido, sendo que a corrida aos galardões tem vindo a tornar-se progressivamente mais complexa e recheada de diversas organizações de cinema, quer sejam formadas por críticos, profissionais de cinema ou até fãs.

Chris Rock será o apresentador dos Óscares

Para que não te percas e possas inclusivamente acompanhar melhor o tipo de prémios com que mais te identificas, listámos um guia e calendário da temporada de prémios deste ano, com os principais eventos ao longo dos próximos meses. Esta lista irá sendo progressivamente atualizada à medida que mais informações são disponibilizadas e que as cerimónias em si vão ocorrendo.


AWARD SEASON 2014-2015 | GUIA DA TEMPORADA DE PRÉMIOS

Outubro
•Gotham Independent Film Awards (22 de outubro) | Nomeados
•European Film Awards (27 de outubro) | Primeiros Vencedores
•Britannia Awards (30 de outubro) | Vencedores



Novembro
•Hollywood Film Awards (1 de novembro) | Vencedores
•European Film Awards (7 de novembro) | Nomeados
•Independent Spirit Awards (24 de novembro) | Nomeados
•Prémios Fénix (25 de novembro) | Vencedores
•Gotham Independent Film Awards (30 de novembro) | Vencedores



Dezembro
•National Board of Review of Motion Pictures (1 de dezembro) | Vencedores
•Satellite Awards (1 de dezembro) | Nomeados
•Annie Awards (1 de dezembro) | Nomeados
•New York Film Critics Circle Awards (2 de dezembro) | Vencedores

•British Independent Film Awards (6 de dezembro) | Vencedores
•Los Angeles Film Critics Association Awards (6 de dezembro) | Vencedores
•Boston Society of Film Critics Awards (6 de dezembro) | Vencedores
•American Film Institute Awards (7 de dezembro) | Vencedores
•Online Film Critics Society (7 de dezembro) | Nomeados
•Washington, D.C. Area Film Critics Association Awards (7 de dezembro) | Vencedores
•Screen Actors Guild (SAG) Awards (9 de dezembro) | Nomeados
•Golden Globe Awards (10 de dezembro) | Nomeados
•European Film Awards (12 de dezembro) | Vencedores
•Critics’ Choice Awards (14 de dezembro) | Nomeados
•Online Film Critics Society Awards (14 de dezembro) | Vencedores



Janeiro
•American Cinema Editors (Eddie) Awards (2 de janeiro) | Nomeados
•National Society of Film Critics Awards (3 de janeiro) | Vencedores
•Producers Guild of America Awards (5 de janeiro) | Nomeados
•Art Directors Guild of America Awards (5 de janeiro) | Nomeados
•Writer’s Guild Awards (6 de janeiro) | Nomeados
•American Society of Cinematographers Awards (6 de janeiro) | Nomeados
•Costume Designers Guild Awards (7 de janeiro) | Nomeados
•BAFTA (8 de janeiro) | Nomeados
•Golden Globe Awards (10 de janeiro) | Vencedores
•Director’s Guild of America Awards (12 de janeiro) | Nomeados
•Make-Up Artists and Hair Stylists Guild Awards (13 de janeiro) | Nomeados
•Academy Awards (Óscares) (14 de janeiro) | Nomeados
•Critics Choice Awards (17 de janeiro) | Vencedores
•Producers Guild of America Awards (23 de janeiro) | Vencedores
•Screen Actors Guild (SAG) Awards (30 de janeiro) | Vencedores
•American Cinema Editors (Eddie) Awards (30 de janeiro) | Vencedores
•Art Directors Guild of America Awards (31 de janeiro) | Vencedores



Fevereiro
•Director’s Guild of America Awards (6 de fevereiro) | Vencedores
•Annie Awards (6 de fevereiro) | Vencedores
•Writer’s Guild Awards (13 de fevereiro) | Vencedores
•BAFTA (14 de fevereiro) | Vencedores
•American Society of Cinematographers Awards (14 de fevereiro) | Vencedores
•Make-Up Artists and Hair Stylists Guild Awards (20 de fevereiro) | Vencedores
•Costume Designers Guild Awards (23 de fevereiro) | Vencedores
•Academy Awards (Óscares) (28 de fevereiro) | Vencedores



PRÉMIO VASCO GRAÇA MOURA 2017 VAI PARA JOSÉ CARLOS VASCONCELOS.

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ACABA DE SER DIVULGADO O VENCEDOR COMO VENCEDOR
DO PRÉMIO VASCO GRAÇA MOURA 2017.JOSÉ CARLOS
VASCPONCELOS.



O juri do Prémio, que distingue uma personalidade na área da cidadania cultural no dia em que se assinala o nascimento de Vasco Graça Moura, aponta o vencedor desta edição como "um raro exemplo de persistência na imprensa portuguesa de âmbito cultural” -

O jornalista José Carlos de Vasconcelos, diretor do quinzenário JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias e coordenador do Gabinete Editorial da VISÃO, é o vencedor do Prémio Vasco Graça Moura - Cidadania Cultural, hoje anunciado. Entre as qualidades do premiado, o júri destacou o “raro exemplo de persistência na imprensa portuguesa de âmbito cultural”.

Esta é a segunda edição do Prémio, no valor de 40 mil euros, que no ano passado distinguiu o ensaísta Eduardo Lourenço, O nome do vencedor é revelado no dia em que poeta e ensaísta Vasco Graça Moura, falecido em 2014, completaria 75 anos de vida.

Um membro do júri adiantou à agência Lusa que a candidatura do diretor do JL recolheu a unanimidade por ser uma “personalidade que se tem afirmado em todos os domínios em que tem exercido atividade, como das figuras mais marcantes da vida portuguesa nos dias de hoje.”

O júri, presidido por Guilherme d’Oliveira Martins, valorizou o percurso de vida de José Carlos Vasconcelos, de 76 anos, que “ilustra bem o papel muito relevante que sempre desempenhou e desempenha - como advogado e homem de leis, como poeta e escritor, como jornalista e interveniente ativo na valorização da língua, da literatura, das artes e ideias”, como se pode ler na ata.

Salientou ainda “o papel desempenhado com grande generosidade e determinação, inteligência e elevado sentido profissional, pelo premiado na fundação, direção e manutenção do JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias”.

Além de Oliveira Martins, o júri foi constituído por Maria Alzira Seixo, José Manuel Mendes, Manuel Frias Martins, Maria Carlos Gil Loureiro, Liberto Cruz e, ainda, por José Carlos Seabra Pereira, em representação da editora Babel e Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.

O Prémio Vasco Graça Moura - Cidadania Cultural é uma iniciativa da Estoril Sol, em parceria com o grupo editorial Babel.

A NOVA IGNORÂNCIA, texto de PACHECO PEREIRA

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VALE A PENA REFLECTIR SOBRE
O TEMA, E É ISSO QUE FAZ
PACHECO PEREIRA.


A ascensão da nova ignorância


Nada é mais significativo e deprimente do que ver pessoas que estão juntas, mas que quase não se falam, e estão atentas ao telemóvel.


Entre os temas tabu dos nossos dias está a ignorância. Parece que falar da ignorância coloca logo quem o faz numa situação de arrogância intelectual, o que inibe muita gente de a nomear. Mas não há muita razão para se enfiar essa carapuça, tanto mais que o problema é enorme e está agravar-se e a assumir novas formas, socialmente agressivas. Acompanha outro tipo de fenómenos como o populismo, a chamada “pós-verdade”, a circulação indiferenciada de notícias falsas, e, o que é mais grave, a indiferença sobre a sua verificação. Não explica, nem é a causa de nenhum destes fenómenos, mas é sua parente próxima e faz parte da mesma família. É, repetindo uma fórmula que já usei, como se de repente se deixasse de ir ao médico, e se passasse a ir ao curandeiro.


Uso aqui uma noção utilitária de ignorância que pode ser simplista, mas que serve. Ser ignorante é não ter os instrumentos para se mover no mundo que nos rodeia, ser sujeito mais do que ser actor, não conseguir atingir o empowerment que é suposto se poder ter para se actuar conforme as circunstâncias, de modo a crescer, ser capaz, viver uma vida qualificada e tirar dela uma experiência enriquecedora, controlando-se a si próprio tanto quanto é possível, e não menosprezando as condições para se ser feliz, “habitualmente” feliz. Isto é muito Dale Carnegie, mas serve, não é preciso complicar à partida.

Percebe-se, usando esta definição, que a ignorância pode ser descrita como a pobreza, cujos efeitos e condições de superação são exactamente do mesmo tipo. A ignorância é uma forma de pobreza e o seu crescimento acentua a pobreza em geral e, mais do que a pobreza, a exclusão e a diferenciação social. É até um dos mecanismos mais eficazes para aumentar a distância entre pobres e ricos, e para estabilizar um status quo nos pobres, que, como a droga, tem efeitos de satisfação instantânea, de paraíso artificial, ou, se se quiser de “ópio do povo”.

Faço uma distinção entre aquilo a que chamo “a antiga ignorância” e “a nova”. A antiga tem muito que ver com a baixa qualificação profissional, com a insuficiente escolaridade, com a má qualidade de muitas escolas, sem meios, sem professores preparados, com o analfabetismo funcional. É um factor do nosso atraso e ajuda a potenciar os efeitos perversos da nova ignorância, mas não a explica por si só.

Contentamo-nos muito com a diminuição estatística da antiga ignorância e isso em Portugal é mais do que compreensível. O sucesso da escola, e da escolarização, o ensino para adultos, as melhorias verificadas em disciplinas como Português e Matemática são instrumentos fundamentais, entre outras coisas, para a mobilidade social, mas, mesmo que tenhamos, como agora se diz, as gerações mais qualificadas, estamos cegos quanto ao crescimento da nova ignorância, não só em aliança e em tandem com a antiga, mas assumindo novas formas e efeitos. O facto de haver um modismo tecnológico e se confundir a utilização de gadgets, aliás bastante rudimentar, com um novo saber, que implica novas competências, esconde essa regra básica de que as literacias para os usar vêm do sistema escolar a montante e a possibilidade de os usar para uma melhoria social só existe a jusante se acompanhar uma evolução social que não se está a verificar. Mais do que uma evolução, há uma involução.

A antiga ignorância assentava numa carência, numa falta, a nova assenta numa ilusão. É por isso que a antiga ignorância era vista como um problema da sociedade e a nova é vista como um “progresso”, ou como uma tendência contra a qual é inútil lutar. Isso tem muito que ver com uma ideologia corrente face às novas tecnologias, em particular aquelas que têm imediatos efeitos sociais como os telemóveis, as redes sociais, e certos modos de usar os videojogos, a realidade virtual e mesmo o computador e a televisão.

O primeiro efeito nefasto dessa ideologia é a crença de que são as novas tecnologias que estão a mudar a sociedade. É o contrário. É a mudança da sociedade que potencia o uso de determinadas tecnologias, que depois acentuam os efeitos de partida. Muitas tecnologias de “contacto” — como programas de “presentificação”, que fazem as pessoas olharem para os seus telemóveis centenas de vezes por dia, e os adolescentes, na vanguarda desta nova ignorância juntamente com os seus jovens pais adultos, passarem o dia a enviarem mensagens sem qualquer conteúdo — só têm sucesso porque se deu uma deterioração acentuada das formas de sociabilidade interpessoais, substituídas por um Ersatz de presença e companhia tão efémero que tem de estar sempre a ser repetido. Sociedades sem relações humanas de vizinhança, de companhia e amizade, sem interacções de grupo, sem movimentos colectivos de interesse comum dependem de formas artificiais e, insisto, pobres, de relacionamento que se tornam adictivas como a droga. Não há maior punição para um adolescente do que se lhe tirar o telemóvel, e alguns dos conflitos mais graves que ocorrem hoje nas escolas estão ligados ao telemóvel que funciona como uma linha de vida.

Nada é mais significativo e deprimente do que ver numa entrada de uma escola, ou num restaurante popular, ou na rua, pessoas que estão juntas, mas que quase não se falam, e estão atentas ao telemóvel, mandando mensagens, enviando fotografias, vendo a sua página de Facebook, centenas de vezes por dia. Que vida pode sobrar?

Ainda há-de alguém convencer-me que este comportamento lá por usar tecnologias modernas representa uma vantagem e não uma patologia. Faz parte de sociedades em que deixou de haver silêncio, tempo para pensar, curiosidade de olhar para fora, gosto por actividades lentas como ler, ou ver com olhos de ver. E se olharmos para os produtos de tanta página de Facebook, de tanta mensagem, de tanto comentário não editado, de tanta “opinião” sobre tudo e todos, escritas num português macarrónico e cheio de erros, encontramos fenómenos de acantonamento, de tribalização, de radicalização, de cobardia anónima, de ajustes de contas, de bullying num mundo que tem de ser sempre excitado, assertivo e taxativo. Um dos maiores riscos para o mundo é ter um presidente dos EUA que governa pelo Twitter como um adolescente, com mensagens curtas, sem argumentação, que, para terem efeito, têm de ser excessivas e taxativas.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

MIA COUTO E O JET SET

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TEXTO DE MIA COUTO

Jet-set de Moçambique por Mia Couto (também se adapta a Angola...!!!)



... e a Portugal...!!!



Jet-set Nacional - Mia Couto



Já vimos que, em Moçambique, não é preciso ser rico. O essencial é parecer rico. Entre parecer e ser vai menos que um passo, a diferença entre um tropeço e uma trapaça.
No nosso caso, a aparência é que faz a essência. Daí que a empresa comece pela fachada, o empresário de sucesso comece pelo sucesso da sua viatura, a felicidade do casamento se faça pela dimensão da festa. A ocasião, diz-se, é que faz o negócio. E é aqui que entra o cenário dos ricos e candidatos a ricos: a encenação do nosso "jet-set".


O "jet-set" como todos sabem é algo que ninguém sabe o que é. Mas reúne a gente de luxo, a gente vazia que enche de vazio as colunas sociais. O jet-set moçambicano está ainda no início. Aqui seguem umas dicas que, durante o próximo ano, ajudarão qualquer pelintra a candidatar-se a um jet-setista. Haja democracia! As sugestões são gratuitas e estão dispostas na forma de um pequeno manual por desordem alfabética:


Anéis - São imprescindíveis. Fazem parte da montra. O princípio é: quem tem boa aparência é bem aparentado. E quem tem bom parente está a meio caminho para passar dos anéis do senhor à categoria de Senhor dos Anéis O jet-setista nacional deve assemelhar-se a um verdadeiro Saturno, tais os anéis que rodeiam os seus dedos. A ideia é que quem passe nunca confunda o jet-setista com um magaíça, um pobre, um coitado. Deve-se usar jóias do tipo matacão, ouros e pedras preciosas tão grandes que se poderiam chamar de penedos preciosos.
A acompanhar a anelagem deve exibir-se um cordão de ouro, bem visível entre a camisa desabotoada.


Boas maneiras - Não se devem ter. Nem pensar. O bom estilo é agressivo, o arranhão, o grosseiro. Um tipo simpático, de modos afáveis e que se preocupa com os outros? Isso, só uma pessoa que necessita de aprovação da sociedade. O jet-setista nacional não precisa de aprovação de ninguém, já nasceu aprovado. Daí os seus ares de chefe, de gajo mandão, que olha o mundo inteiro com superioridade de patrão. Pára o carro no meio da estrada atrapalhando o trânsito, fura a bicha, passa à frente, pisa o cidadão anónimo. Onde os outros devem esperar, o jet-setista aproveita para exibir a sua condição de criatura especial. O jet-setista não espera: telefona. E manda. Quando não desmanda.


Cabelo - O nosso jet-setista anda a reboque das modas dos outros. O que vem dos americanos: isso é que é bom. Espreita a MTV e fica deleitado com uns moços cuja única tarefa na vida é fazer de conta que cantam. Os tipos são fantásticos, nesses video-clips: nunca se lhes viu ligação alguma com o trabalho, circulam com viaturas a abarrotar de miúdas descascadas. A vida é fácil para esses meninos. De onde lhes virá o sustento? Pois esses queridos fazem questão em rapar o cabelo à moda militar, para demonstrar a sua agressividade contra um mundo que os excluiu mas que, ao que parece, lhes abriu a porta para uns tantos luxos. E esses andam de cabelo rapado. Por enquanto.


Cerveja - A solidez do nosso matreco vem dos líquidos. O nosso candidato a jet-setista não simplesmente bebe. Ele tem de mostrar que bebe. Parece um reclame publicitário ambulante.
Encontramos o nosso matreco de cerveja na mão em casa, na rua, no automóvel, na casa de banho. As obsessões do matreco nacional variam entre o copo e o corpo (os tipos ginasticam-se bem). Vazam copos e enchem os corpos (de musculaças). As garrafas ou latas vazias são deitadas para o meio da rua. Deitar a lata no depósito do lixo é uma coisa demasiado "educadinha". Boa educação é para os pobres. Bons modos são para quem trabalha. Porque a malta da pesada não precisa de maneiras. Precisa de gangs. Respeito? Isso o dinheiro não compra. Antes vale que os outros tenham medo.


Chapéu - É fundamental. Mas o verdadeiro jet-setista não usa chapéu quando todos os outros usam: ao sol. Eis a criatividade do matreco nacional: chapéu ele usa na sombra, no interior das viaturas e sob o tecto das casas. Deve ser um chapéu que dê nas vistas. Muito aconselhável é o chapéu de cowboy, à la Texana. Para mostrar a familiaridade do nosso matreco com a rudeza dos domadores de cavalos. Com os que põe o planeta na ordem. Na sua ordem.


Cultura - O jet-setista não lê, não vai ao teatro. A única coisa que ele lê são os rótulos de uísque. A única música que escuta são umas "rapadas e hip-hopadas" que ele generosamente emite da aparelhagem do automóvel para toda a cidade. Os tipos da cultura são, no entender do matreco nacional, uns desgraçados que nunca ficarão ricos. O segredo é o seguinte: o jet-setista nem precisa de estudar. Nem de ter Curriculum Vitae. Para quê? Ele não vai concorrer, os concursos é que vão ter com ele. E para abrir portas basta-lhe o nome. O nome da família, entenda-se.


Carros - O matreco nacional fica maluquinho com viaturas de luxo. É quase uma tara sexual, uma espécie de droga legalmente autorizada. O carro não é para o nosso jet-setista um instrumento, um objecto. É uma divindade, um meio de afirmação. Se pudesse o matreco levava o automóvel para a cama. E, de facto, o sonho mais erótico do nosso jet-setista não é com uma Mercedes. É, com um Mercedes.

Fatos - Têm de ser de Itália. Para não correr o risco do investimento ser em vão, aconselha-se a usar o casaco com os rótulos de fora, não vá a origem da roupa passar despercebida. Um lencinho pode espreitar do bolso, a sugerir que outras coisas podem de lá sair.

Simplicidade - A simplicidade é um pecado mortal para a nossa matrecagem. Sobretudo, se se é filho de gente grande. Nesse caso, deve-se gastar à larga e mostrar que isso de país pobre é para os outros. Porque eles (os meninos de boas famílias) exibem mais ostentação que os filhos dos verdadeiros ricos dos países verdadeiramente ricos. Afinal, ficamos independentes para quê?

Óculos escuros- Essenciais, haja ou não haja claridade. O style - ou em português, o estilo - assim o exige. Devem ser usados em casa, no cinema, enfim, em tudo o que não bate o sol directo. O matreco deve dar a entender que há uma luz especial que lhe vem de dentro da cabeça. Essa a razão do chapéu, mesmo na maior obscuridade.

Telemóvel - Ui, ui, ui! O celular ou telemóvel já faz parte do braço do matreco, é a sua mais superior extremidade inferior. A marca, o modelo, as luzinhas que acendem, os brilhantes, tudo isso conta. Mas importa, sobretudo, que o toque do celular seja audível a mais de 200 metros. Quem disse que o jet-setista não tem relação com a música clássica? Volume no máximo, pelo aparelho passam os mais cultos trechos: Fur Elise de Beethoven, a Rapsódia Húngara de Franz Liszt, o Danúbio Azul de Strauss. No entanto, a melodia mais adequada para as
​ ​condições higiénicas de Maputo é o Voo do Moscardo. Última sugestão: nunca desligue o telemóvel! O que em outro​ ​ lugar é uma prova de boa educação pode, em Moçambique, ser interpretado como um sinal de fraqueza. Em Conselho de Ministros, na confissão da Igreja, no funeral do avô: mostre que nada é mais importante que as suas inadiáveis comunicações. Você é que é o centro do universo!



Mia Couto