sábado, 20 de julho de 2019

cimeira de julho 2019- CALDEIRADA NA TRAFARIA.

.
VAMOS REPETIR ESTE MÊS O ÊXITO
DE JUNHO, DESTA FEITA COM UMA
GRANDE CALDEIRADA.



Caros amigos,
Mais uma vez cá estou eu (na ausência da nossa Dina a banhos no Maputo) a convocar o pessoal para mais um almocinho. Como no passado mês de Junho fomos "obrigados" a ir à Trafaria comer umas "órríveis" sardinhas e alguns queriam comer caldeirada, pensei que podíamos voltar ao local do crime, o nosso conhecido restaurante "Fragateiro" e desta vez sim " afinfarmos" uma grande caldeirada.
Por motivos logísticos o nosso almoço deste mês será na 6ª feira dia 26 de julho pelas 13h.
Iremos, como de costume, no barco das 12h30 que sai da estação fluvial de Belém.
Agradeço que me digam se vão até 4ª feira dia 24 de Julho ao fim da tarde.
Agradeço também que digam às pessoas que vejam estar em falta na lista dos nomes a quem enviei a msg.
Até lá, beijinhos e abraços
Manuela BS🥰

quinta-feira, 11 de julho de 2019

O RC, AGORA...

.
JÁ NÃO DAMOS CAPAÉLES...



O RC EM LABORAÇÃO, NO TURNO 13.00/21.00 (Turno que chegou a existir no velho RC em 1973) Agora j
Já não damos capaéles. não atendemos o telefone da Zaida do OPO, da Eunice dos Marquez Pombal, da Maria João do FNC, nem conferimos voos a 5 dias, nem enviamos voos para o telex, nem para o dead file. Agora conferimos as sardinhas assadas, o verde fresco de Palmela, a salada de frutas, pomos a conversa em dia, contamos verdades e mentiras, vivemos entre amigos.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

CRÓNICA DA CIMEIRA DE JUNHO 2019 . DA TRAFARIA

.
REALIZOU-SE NA TRAFARIA MAIS UMA
DAS NOSSAS CIMEIRAS MENSAIS .



A Trafaria continua a ser uma das geografias preferidas dos nossos senadores para a realização dos nossos encontros mensais.
Aqui, aparecem sempre mais companheiros
-É a travessia do cacilheiro
-É a vista previligiada sobre Lisboa
-São as sardinhas e as caldeiradas da Margem Sul, degustadas ao ar livre.
-É o cheirinho a maresia....



Com tudo isto ,estivemos na esplanada do Fragateiro, ali plantada em pleno Calçadão da Trafaria:

CANELAS,AUGUSTO,NORBERTO,PEIXOTO. MRS PEIXOTO,CHICO SANTOS COSTA,TOMÉ GOMES,PM DINA, DINA ROCHA (a Dina Pequena)MARIA JOSÉ CANDEIAS,CARLOS PINTO,RUI BRITO DE SOUSA, SUSY BRITO DE SOUSA,ZÉ HERDEIRO,LENA HERDEIRO,VITOR SANTOS,HELDER MESQUITA,MANUELA BRITO E SILVA e ALICE TELES.


Desta vez tivemos a surpresa da presença muito aclamada, do Carlos Pinto. que não aparecia há muito tempo, todos já tínhamos saudades da sua irreverência e boa disposição
E por falar em irreverência, o Carlos Pinto apareceu de .....bicicleta.

Não ele não atravessou a ponte 25 de Abril de bike, , não, ele trouxe-a de cacilheiro, e até deu para que o Tomé Gomes se entusiasmasse e se aventurasse a dar uma voltinhas no Calçadão da Trafaria.


Com o Carlos relembrei um episódio de incrível coincidência que nos aconteceu em Roma.

Nos primeiros tempos do RC, no inicio dos anos 70 do s´+eculo passado (que nós já somos muito antigos) e quando havia aquela operação da SOUTH AFRICA, que vinha de Joanesburgo e fazia escala em Lisboa pelas 6 da manhã a caminho de Roma. Muitos de nós, aproveitávamos a borla neste voo (a TAP ainda não voava para Roma) e, voávamos para a Cidade eteena, regressando na noite do mesmo dia ou no dia seguinte.

Porque tínhamos horário de turnos H24, não sabíamos as folgas uns dos outros.Normal
Normalmente nestas surtidas, ficávamos na Pensão Danúbio na Via Palestro., mas naquela vez a pensão estava cheia, e andámos (eu, o Fiúza , a Noemia e a Lena) à procura de encontrar outra pensão, o que conseguimos uns quarteirões à frente, na Via XXI de Setembre, a Pensione Simonetta.

No dia seguinte , ao sair do quarto, e ao ouvir a campainha da Pensão a soar estridente, sem que ninguém atendesse, corri a abrir a porta, e......apareceu-me pela frente, de malas na mão, o Carlos Pinto e o Rogerio Napoleão, colegas do RC, que nem sabíamos que estaiaam de folga.

Andavam à procura de pensão, e numa cidade enorme como Roma, foram-nos bater â porta.....ficaram lá....

Esta foi a primeira Cimeira imediatamente a seguir ao falecimento do nosso companheiro Carlos Correia, um colega que foi um dos "fouding fathers" da nossa TRANCA e co-autor de muitos dos textos colectivos que criámos ao longo da existência do nosso jornal do RC.

Textos como "O PATRTARCA MOISÉS E A GALINHA DOS OVOS MOLES", "O FRANKSTEIN DO RC", e "A ARAGONEZA DOS MILAGRES", têm muitas dicas do Carlos ,acolhidas no texto final articulado com a genialidade do Cascada.
O nosso companheiro foi recordado na Trafaria e objecto de saudação especial, no habitual erguer dos copos em homenagem aos que já partiram.



O Canelas e o Augusto , protagonizaram numa espécie de duelo light mas ruidoso , cheio de adjectivos fortes, , com o Canelas a defender a tese do "Paradoxo de Fermi" e garantindo que o Augusto tinha no seu DNA ,ORIGEM EXTRA TERRESTE, do planeta GRAY ou ZETA., e que, no antigo RC, havia pelo menos 5 colegas alienígenas, nomeadamente SIRIANOS (como ele próprio) ,ANDRÓMEDAS, também HAIRY DWORFS, pequenos e peludos .
O Augusto negou tudo, e defendeu que o próprio Canelas não existe.

Acabou tudo em bem, em branco fresco e sardinhas....

Também o Peixoto apareceu, o que não fazia há muito, e esteve muito interventivo.

O Chico Santos Costa e o Canelas como sempre , portaram-se mal---


Vamos entra em meses de Verão com os nosso senadores de "férias de férias", o que sempre dificulta arranjar quórum para as nossas Cimeiras, mas como diz a nossa Primeira Dina, "se aparecerem 2, há almoço"

Até lá pessoal.






terça-feira, 2 de julho de 2019

TEXTO

.
TEXTO PREMIADO NA FACULDADE
DE LETRAS NA CADEIRA GRAMÁTICA
PORTUGUESA.

Redacção feita por uma aluna de Letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa.


Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.
Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.
Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.
Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.
Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.
Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.
Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.
Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.
Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisto a porta abriu-se repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.
Que loucura, meu Deus!
Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.
Só que, as condições eram estas:
Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

Fernanda Braga da Cruz