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O ESCRITOR, TRADUTOR E PROFESSOR
UNIVERSITÁRIO FREDEICO LOURENÇO
FOI O VENCEDOR DO PREMIO PESSOA
2016.
Frederico Lourenço (Lisboa, 1963) é um escritor, tradutor e professor universitário português. É grande especialista de línguas e literaturas clássicas, em particular de grego clássico.
Biografia
Frederico Maria Bio Lourenço nasceu em Lisboa, em 1963, filho de M. S. Lourenço (1936-2009) e de Manuela Lourenço (1937-1998). Fez a instrução primária em Inglaterra (Oxford), onde a família viveu entre 1965 e 1973. Frequentou o Lycée Français Charles Lepierre de Lisboa, mas preferiu dedicar-se ao estudo da música (Academia dos Amadores de Música, Conservatório Nacional; mais tarde Escola Superior de Música de Lisboa) e da língua alemã (com explicadores e por conta própria desde os 12 anos e depois no Goethe Institut de Lisboa) e por isso fez o ensino secundário como auto-proposto.
Licenciou-se, em 1988, em Línguas e Literaturas Clássicas na Universidade de Lisboa, onde mais tarde se doutorou com uma tese sobre os cantos líricos de Eurípides, tendo sido aprovado por unanimidade por um júri que incluiu Maria Helena da Rocha Pereira (Universidade de Coimbra) e James Diggle (Universidade de Cambridge). A tese foi publicada com o título "The Lyric Metres of Euripidean Drama" (Coimbra, Classica Digitalia, 2011). De 1989 a 2009 foi docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Desde Novembro de 2009 é professor associado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Tendo-se dedicado durante anos ao estudo e tradução da poesia grega (com destaque para Homero), começou a voltar-se para outros interesses a partir de 2007: Estudos Bizantinos, Germanística e História da Dança.
Em 10 Abril de 2008, estreou, com grande êxito crítico, no Teatro da Cornucópia de Lisboa, a sua versão da peça Don Carlos de Friedrich Schiller, com encenação de Luís Miguel Cintra.
Obra[editar | editar código-fonte]
Ficção[editar | editar código-fonte]
O autor publicou uma trilogia de romances: Pode um Desejo Imenso (2002, prémio PEN Clube 2002), O Curso das Estrelas e À Beira do Mundo. Em 2006 estes romances foram publicados num único volume, de acordo com as intenções do autor.
Escreveu também uma colectânea de contos A Formosa Pintura do Mundo (2005) e dois livros autobiográficos: Amar não Acaba (2004) e A Máquina do Arcanjo (2006)
Tradução[editar | editar código-fonte]
Em 2003, foi publicada a sua tradução em verso da Odisseia de Homero, que ganhou o prestigiado Prémio D. Diniz da Casa de Mateus, assim como o Grande Prémio de Tradução - APT (Assoc. Port TRAD)/ PEN Clube 2003.
Em 2005 foi a vez da sua tradução da Ilíada, e em 2006 seguiu-se uma antologia Poesia Grega de Álcman a Teócrito.
Traduziu também duas tragédias de Eurípides, Hipólito e Íon.
Em 2016 é publicado o primeiro volume, de um total de seis, que compreenderão a maior e mais completa bíblia em português alguma vez já feita. Previsto para entregar o último volume em 2020, a proposta do tradutor é dar ao leitor de língua portuguesa a sensação de estar o ler o texto bíblico na língua original, respeitando rigorosamente a literalidade contida no idioma original das escrituras. O projecto conta com um vasto aparato de notas que visa ambientar o leitor no contexto histórico e linguístico das escrituras e no que elas relatam.
Outras[editar | editar código-fonte]
Em 2005 foi publicada uma adaptação sua da Odisseia destinada a um público juvenil.
Em 2006 sai Ensaios sobre Píndaro, organizada por Frederico Lourenço, e que contém textos de seus e de outros académicos[1]
Em 2007 foi editada uma colectânea de crónicas suas intitulada Valsas Nobres e Sentimentais.
Colaborou com a Cinemateca Portuguesa na elaboração de textos sobre cinema e na realização de catálogos, e nos jornais O Independente, Expresso, Público e Diário de Notícias
Prémios[editar | editar código-fonte]
2002: Prémio PEN Clube 2002 (Primeira Obra)
2003: Prémio D. Diniz da Casa de Mateus
2003: Grande Prémio de Tradução - APT (Assoc. Port TRAD)/ PEN Clube 2003
2006: Prémio Europa – David Mourão-Ferreira
2016: Prémio Pessoa
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