terça-feira, 7 de abril de 2020

HISTÓRIA CRUA ,VASCO DA GAMA

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do baú da TRANCA.

Recordo um dos textos coletivos da série HISTÓRIA CRUA, esta dedicada a Vasco da Gama .

De salientar que misturámos na ocasião um "estória" Monthy Pythiana com alguma realidade histórica.

texto:

ESTA É A HISTÓRIA CRUA QUE
A TRANCA INVESTIGOU E
TEVE A CORAGEM DE DIVULGAR

A TRANCA CONTINUA A VASCULHAR A HISTÓRIA
NO SENTIDO DE REPÔR A VERDADE. DEPOIS DO
MATERIALISMO HISTÓRICO, DAS HISTÓRIA
DAS IDEIAS OU IDEAL E DA NOVA HISTÓRIA
DE FERDINAND BRAUDEL, CRIAMOS A HISTÓRIA
CRUA, ONDE SÓ A VERDADE CONTA:


Ao contrário do que Luis de Camões nos impingiu naquele livrinho de aventuras que esteve para ser história de quadradinhos, os Lusíadas, Vasco da Gama não descobriu coisa nenhuma o caminho marítimo para a India, pois ele, quando saíu da Rocha do Conde de Óbidos na sua Nau Catrineta, já levava na sua pastinha tipo James Bond, um mapa comprado numa feira de ciganos nos arredores de Roma, conhecida por "Porta Portese", pelo seu amigão e companheiro de beliche na tropa, o Pero da Covilhã ,no âmbito duma operação de espionagem industrial, iniciada no Oriente.

Um mapa. dizíamos, com a chamada "Rota do Cabo" bem desenhada, com legendas em português, swailli e kinbundo, da Zambujeira do Mar a Calicute, Mombaça e Goa, com night stops e transfers incluídos em 10 cidades da costa ocidental e oriental de Africa, com vouchers para sight seeings, espectáculos circenses, life shows hétero e homo, stripes, ladies night, operas rock e convencionais, missas negras, danças tribais e orgias temáticas.

Pero da Covilhã havia estado incógnito no Oriente, tendo chegado por terra a Ormuz e Goa, via Persia ,Afeganistão (quando ainda se chamava India de Alá) e Kyber Pass.

Conhecedor da língua árabe, fora escolhido por D.João II para , como agente duplo, ir à India e Abissinia colher informações sobre as rotas do comércio das especiarias e o poder militar de Prestes João , o imperador cristão nestoriano, do reino cristão-monofisita da Abissinia, o tal que se dizia ser descendente de Baltazar, um dos Reis Magos do Presépio, o colorido..

As especiarias eram o petróleo da Idade Média, Os lucros da sua comercialização sustentavam a opulenta Veneza e os seus Dodges Giovanni Mocenigo , Marco e Agostino Barbarigo e os riquissimos Califados do Golfo Persico.

O preço das pimentas , dos coloraus, dos gengibres ocres, tomilho, cravo de cabecinha, canela, nós moscada, cravinho, cravão, caril, pó d'alho, hipericão, pau de Cabinda, pau d'arco, pau de brututu ,tornavam-se probitivos dadas as dificuldades de transporte por terra, da longa duração da viagem, dos custos variáveis , dos maus caminhos, dos assaltos, das portagens, das associações de utentes....

As especiarias chegavam à Laguna de Veneto em barcaças Venezianas que as iam comprar às costas de Alexandria, Cairo, Tunes e Tripoli, onde chegavam em expedições cameleiras de vendilhões berberes, vindas do Reino do Prestes, e era da Piazza de San Marcos que partiam para a Europa.

Mas voltemos ao nosso Vasco da Gama .

Vasco foi um adolescente problemático.

Muito influenciável, espirito fraco, deixava-se arrastar pelas más companhias para tudo o que eram modas imbecis, colecções patetas, vicios perigosos.

Cheirou cola, fumou charros, grafitou paredes, chulou garinas, vendeu relógios marados, contrabandeou tabaco, papoilas, falsificou pão ázimo pra óstias, deu cápaéles em voos cheios, colecionou religiões, saltou de crença em crença, até por se apaixonar mistica e irracionalmente por Shiva . Por ela meteu-se no Yoga , (onde teve até um problema com uma hérnia discal difusa) snifou canela, e enquanto cantava "mantras ", pintava-se de dourado e entregava-se à sua deusa .

E foi esta doideira pela Shiva que o fez entrar no concurso para tripular a Nau Catrineta para a India.

Queria ir ao Oriente, sonhava encontrar a sua divindade, vê-la, senti-la, apalpá-la, adorá-la .

Copiou imenso e foi o primeiro nos testes. Foi escolhido (?) por via duma bruta cunha duma louraça açafata da Rainha Dona Leonor, com quem mantinha um negócio de lençóis.

Na época houve protestos enérgicos de Bartolomeu Dias e de Diogo Cão, denúncias de parcialidade, reclamações hierárquicas e processos arquivados, neste escândalo a que se chamou "processo do pito dourado".

Mas tudo acabou em pizza, e o Vasco lá partiu para a sua viagem de sonho.

Então o safado, aproveita-se do trabalhinho Jamesbondeano do seu amigo do peito, o Pero da Covilhã, leva a papinha feita ,segue o mapa desenhado pelo amigão, pela Rota do Cabo, chega a Brancória actual Pretória, alcança Mombaça. Calicute e Goa, e com a maior cara de pau, aceita as honrarias só para ele : desembarque triunfal como herói, os confetis, o foguetório, os presentes, as capas de revista, a careta em tudo que é gazeta, e em vez de ficar agradecido ao seu amigo e benfeitor, apaga-o da História como quem elimina uns gazes com um traque sonoro:

-"Que nome é que disse?? Pero da Covilhã? ...Connais pas..!!!Não conheço, ñão vejo as telenovelas da TVI...

Descartou-o como o Scolari fez ao Vitor Baía,como o Koeman ignorou o Quim, como o Portas tirou a Maria Barroso da Cruz Vermelha, como o Curado fez "delete" no Patricio, como o Estaline apagou o Trotsky da Revolução, como a Cleopatra esqueceu o António, como o Jardel nunca esteve no Sporting...

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