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FESTIVAL POLITICA
Foi feito para falar aos portugueses, incentivando-os a maior acção política, combatendo os elevados níveis de abstenção das eleições nacionais, mas em França o anúncio criado para o Festival Política viralizou.
“Em menos de uma semana o filme teve um milhão de visualizações e 21 mil partilhas em França, algo que só é possível graças ao clima político que se vive naquele país”, diz Rui Oliveira Marques, da organização do Festival Política.
“A nossa ideia era criar um filme que agitasse consciências em Portugal, levantando questões de consciência aos cidadãos que se abstêm nas eleições. Em França o anúncio acabou por ter um impacto bem maior, já que está a ser visto como um anúncio anti-Le Pen, mas também anti-Melénchon (por incentivar ao voto contra a abstenção ou ao voto nulo”, descreve.
“Com um milhão de visualizações este é capaz de ser o anúncio português mais visto de sempre em França”, conclui.
Com criatividade da agência 004 e produção da Krypton, o anúncio foi destacado em finais de abril na publicação especializada em publicidade francesa Culture Pub e disparou as visualizações e comentários.
Os franceses reviram-se na mensagem do anúncio que mostra um indivíduo intransigente com a diferença e xenófobo. Pessoas que se haver elevados níveis de abstenção, arriscamos como colectivo a que sejam eles a decidir por nós, alerta a campanha que marcou o arranque da primeira edição do Festival Política, que decorreu em abril, no São Jorge, em Lisboa.
“A primeira edição do Festival Política, realizado nos dias 21 e 22 de abril no Cinema São Jorge em Lisboa, mostrou a necessidade que a sociedade civil sente de um debate aberto e franco sobre a temática”, considera Rui Oliveira Marques.
“Mais de 500 pessoas participaram nos vários debates, no cara-a-cara com deputados, vários workshops e visionaram os filmes propostos pela programação. Integrado na programação do 25 de abril – abril em Lisboa, a cargo da EGEAC, este festival de/ para cidadãos activos deixou clara a sua importância e necessidade do debate neste Portugal que luta contra a abstenção crescente”, defende.
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