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JOÃO PINTO COELHO VENDEU
O PREMIO LEYA 2017
João Pinto Coelho vence Prémio LeYa 2017
O escritor foi distinguido pelo romance “Os loucos da rua Mazur”, elogiado pelo juri pelas “qualidades de efabulação e verosimilhança em episódios de violência brutal com motivações ideológico-políticas e étnico-religiosas”
O escritor João Pinto Coelho venceu o Prémio LeYa 2017 com o romance "Os loucos da rua Mazur", foi esta sexta-feira anunciado.
No anúncio do vencedor, feito na sede do grupo editorial LeYa, o presidente do júri, Manuel Alegre, afirmou que "Os loucos da rua Mazur" é um romance "bem estruturado, bem escrito, que capta a atenção quer pelo tema, quer pela construção em tempos paralelos".
O júri elogiou "as qualidades de efabulação e verosimilhança em episódios de violência brutal com motivações ideológico-políticas e étnico-religiosas" deste romance inédito de João Pinto Coelho.
O autor tem já publicado o romance "Perguntem a Sarah Gross", de 2015, que foi finalista do prémio Leya em 2014.
De acordo com o currículo do autor, João Pinto Coelho nasceu em Londres, em 1967, e é licenciado em Arquitetura pela Universidade Técnica de Lisboa.
Em 2009 e 2011 participou em ações do Conselho da Europa, em Auschwitz, na Polónia, tendo juntado alunos portugueses e polacos no projeto "Auschwitz in 1st Person/A Letter to Meir Berkovich".
O prémio Leya é o maior para uma obra inédita escrita em língua portuguesa, no valor monetário de 100 mil euros, e inclui a edição da obra pelo grupo editorial que o promove.
Presidido por Manuel Alegre, o júri deste ano foi ainda constituído pelos escritores Nuno Júdice e Pepetela, pelo crítico José Castello, pelo professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra José Carlos Seabra Pereira, pelo reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo Lourenço do Rosário, e pela professora da Universidade de São Paulo Rita Chaves.
No ano passado, o júri deliberou por unanimidade não atribuir o prémio, dada a falta de qualidade das obras apresentadas, repetindo o que sucedera em 2010, a primeira vez em que não foi atribuído o galardão.
Em 2015, o vencedor foi "O Coro dos Defuntos", de António Tavares, sucedendo a Afonso Reis Cabral, vencedor da edição de 2014, com "O Meu Irmão".
O primeiro vencedor do Prémio Leya, em 2008, foi Murilo Carvalho, com o romance "O Rasto do Jaguar", ao qual se seguiu "O Olho de Hertzog", de João Paulo Borges Coelho.
Em 2011, o júri distinguiu o romance "O Teu Rosto Será o Último", de João Ricardo Pedro, em 2012 "Debaixo de Algum Céu", de Nuno Camarneiro e em 2013 "Uma Outra Voz", de Gabriela Ruivo Trindade, a primeira mulher a ser distinguida com este galardão.
De acordo com o regulamento, o Prémio LeYa visa "incentivar a produção de obras originais de escritores de Língua Portuguesa, e destina-se a galardoar uma obra inédita de ficção literária, na área do romance, que não tenha sido premiada em nenhum outro concurso".
O regulamento determina ainda que podem candidatar-se ao prémio "todas as pessoas singulares com plena capacidade jurídica, independentemente da sua nacionalidade".
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