domingo, 19 de junho de 2016

estórias do rc

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ESTÓRIAS DO RC
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No final da década de 70, alguns de nós, do então RC, fomos deslocados para Angola, no âmbito da cooperação com os novos Países de língua portuguesa. No nosso caso, fomos ajudar a implementar a estrutura de um Controle de reservas na TAAG.
Em regra, a deslocação fez-se por equipes de 2 e 3 elementos, e cada equipa permaneceu em Luanda cerca de 6 meses, tendo os cordenadores do projecto, o Marcelo e o Sampaio, lá residido ,durante toda a duração dos trabalhos..
Por lá foram passando o Brito de Sousa, o Catarino, o Ricardo,o Cabral,o Herdeiro, o Barbosa Diniz, o Carlos Correia, o Maia , mais o pessoal da formação , como o Guedes Vaz, o Vasco Sá, o Calado Lopes, o Mortágua,o Shirley e o pessoal do ticketing, como o Verde e o Constantino ..
Na época, um dos mais frequentes e possíveis entretenimentos noturnos ,em Luanda, era a ida em grupo ao cinema.
Eram muitas as salas disponíveis na cidade , e todas, ou quase todas, funcionavam ao ar livre. A procura dos bilhetes era grande, e geralmente , aproveitávamos a hora do almoço para os conseguir , numa agência do centro da cidade, de contrário, arriscávamo-nos a que estivessem esgotados à hora dos espectáculos.
Numa dessas quentes noites de Luanda, comprámos entradas para o cinema Karl Marx, que exibia o filme italiano, "O

engarrafamento l'ingorgo ,com Alberto Sordi, no papel principal. Quem foi buscar os bilhetes não raparou que o estava a fazer para a primeira fila da Plateia, e só quando o arrumador nos levou ao lugar , junto ao ecrã, nos apercebemos. Estava já a luz a apagar-se, e o Sampaio, ruidosamente , recusou sentar-se tão perto do ecrã, protestando: -"Eu tão perto não fico, prefiro ficar de pé lá atrás"
Na primeira fila sentámo-nos: o Verde, eu (Herdeiro), o Barbosa Diniz e o Vasco Sá.
Já com a luz apagada, e ao vêr o Sampaio de pé, o arrumador, de lanterna em riste, arrastou-o para um camarote, despejando descricionàriamente , à boa maneira "colonialista" , os até àquele momento, legítimos possuidores de bilhete para aquele lugar. Foi enorme o nosso espanto, quando as luzes , no intervalo, iluminaram a sala, ao vêr o nosso colega, refasteladamente sentado "de camarote"..
Depois , bem , depois ,ficámos todos com ele ,no tal camarote , a vêr priviligiadamete o resto do filme.

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