quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

HISTÓRIA CRUA, LUIS DE CAMÕES

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LUIS DE CAMÕES, a história crua
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NOS ANOS DE BRAZA DO RC, FOI CRIADA
A NOSSA TRANCA, QUE NUMA PRIMEIRA
VIDA, A MANUAL, ERA EDITADA EM
UNIDOSE QUE ERA LIDA DE MÃO-EM-
MÃO ,PARA NAO SER APREENDIDA PELA
CHEFIA.

Nessa época produziram-se os nossos melhores textos coletivos que temo temos vindo a publicar.

Hoje recordo aqui um dos texto criado já na fase pós-RC, numa série a que chamámos HISTORIA CRUA, onde reescreviamos a Histó
ria, por este vosso escriba e pelo Ricardo, no meio de muita gargalhada .

LUIS DE CAMÕES, A VERDADEIRA HISTÓRIA

Tendo em conta que os cronistas oficiais dos vários Poderes,tèm construído ao longo dos tempos, uma História desajustada da realidade,a TRANCA, tem vindo a reconstruir a chamada Verdadeira História, ou HISTÓRIA CRUA, sem gorduras,sem falácias, sem inverdades, sem pressões.

É nesse espírito que chegou a vez de se fazer luz sobre LUIZ VAZ DE CAMÕES.


QUAL A VERDADEIRA RAZÃO DO GRANDE POETA TER FICADO SEM UM OLHO?

PORQUÊ, UM POETA LÍRICO TÃO INTENSO ,COM UMA SENSIBLIDADE TÃO
APURADA,VIRADO PARA AS COISAS DO AMÔR, VIRIA A ESCREVER UMA EPOPEIA
ELEGÍACA SOBRE AS CANALHICES QUE OS SEUS COMTEMPORÂNEOS PRATICARAM NO
ORIENTE?

Como pôde Camões tecer loas aos bombardeamentos da Costa Malabar, à
aniquilação das frotas comerciais dos povos do Mar Indico, por Vasco da Gama,
Albuquerque e outros cabos de guerra, cantadas em décimas epopeícas?


Luis de Camões nasceu e 1524.
Fidalgo pobre de família arruinada, teve uma infância sem brinquedos, a não ser, uma bola de trapos, um pião de pau de caixote e um triciclo feito pelo pai, sem roda da frente.
O pai, Simão Vaz de Camões rabo-de-saias encartado, um dia saiu para comprar cigarros e nunca mais regressou a casa, assim ao estilo mais tarde utilizado por outro portugês , o fidalgo Gentil Nunes.

O menino Luis viu um estranho ocupar o lugar do progenitor com uma dôr que nunca mais o abandonou. Para mitigar essa ferida, ainda tentou beber shots de vinho tinto com cabeças de fósforo moídas,traçadinhos de Carvalhelhos com Cocacola da Porta da Ravessa, mas não resultou.

Sublimaria a falta de afecto numa atitude briguenta, e as suas brincadeiras no recreio do Colégio dos Dominicanos, primeiro, e Jesuítas ,depois, para onde foi obrigado a internar-se pelo intratável padrasto,( um marinheiro normando metido a besta que havia sido corrido do convés das barcaças do Mar da Palha,e obrigado a ganhar a vida a fazer reservas numa Companhia de Passarolas, ali para os lados da Portela,) acabavam sempre em justas de grossa porradaria com os putos mais velhos, a abafar bilas aos mais putos, a apalpar o traseiro aos frades capuchinhos, a grafitar as paredes da sala do Frade confessor, a marcar lugares fictícios para o Call Center das Passarolas, e é ainda ele que inventa aquela bricadeira imbecil, da "primeira à caganeira, a segunda à cruzilheira, a terceira à rais-te-parta".


É na escola que ganha a alcunha de Trinca Fortes, acabando por ser expulso por heresia, ao bradar, estalando a língua, que o vinho que o Padre lhe estava dando a beber,em comunhão, simbolizando o sangue de Cristo, "era de estalo", questionando mesmo de seguida o atónito celebrante, "de que adega é esta pomada, senhor Prior?"

Seguiram-se anos de adolescente boémio, inconsequente, quezilento, amigo de noitadas, "shots",e consumo de uns pós brancos que na época ainda não eram demonisados, nem considerados crime ,como nos nossos dias.

Mas então e a tal sensibilidade de que atrás falámos?

Bem , o Luis, no rescaldo da adolescência inconsciente, entrou numa fase de grande produtividade intelectual, passando a frequentar as carrinhas da Gulbenkhian, e a sorver os clássicos na moda de então:

Petrarca, Garcilazo, Ariosto, Bernardim Ribeiro, Agustina Bessa Luis (sim essa mesma, ela não faz anos, faz séculos), e "A marca dos Avelares", passaram pela sua mesa de cabeceira.

E a perca do olho? qual a verdade histórica?

Bem, a Tranca esgravatou, e apurou haverem três versões com pernas para andar.

Ao contrario da História oficial, podemos afirmar que Luis não perdeu o olho na luta contra os mouros em Ceuta!!!

Na versão da Infanta Dona Ana Filipa, confidente doméstica de Dona Catarina de Ataíde, com quem o Luis teve um caso, este terá perdido um olho,numa luta com Gungunhana,o bisavô do grande soba dos vátuas, aquando duma sua passagem por Moçambique,

GUNGUNHANA O CHEFE VÁTUA

a caminho de Calecute. O Luis, teria ter querido exportar a lindissima filha do chefe indígena, para a ilha dos amores para então vender os prazeres celestiais aos reis espanhois, a troco de informações sobre as Américas e as sua beldades exoticas (claro que estamos a falar daquela actividade que nos nossos dias é considerada crime , prevista e punida pelo Código Penal sob a denominação de "lenocínio" ,traduzindo em línguagem normal, "facilitação de prostituição" ou "proxenetismo", ......

Outra versão, a segunda, diz-nos que o Luis costumava varar as noites com vadios e meretrizes no Conde Redondo, Monsanto , Bairro Alto e Intendente, onde era assíduo do Maxime, das Doroteias e do "Malcozinhado" o mais famoso prostíbulo da urbe Lisboeta da época.
Conta-se que uma noite, à saída, foi atacado pelo Fidalgo Don Kikas de Vilariques, que com 2 esbirros o tenta matar,alegadamente, por o nosso Poeta lhe haver roubado uma amante. Na refrega perdeu o olho e a liberdade, pois foi de cana para a cadeia do Tronco e mandado desterrar para a India, com a obrigação de pagar 4 mil reis ao "Esmoler D'El Rey" e servir 3 anos na Milicia do Oriente sob as ordens do famoso educador o Sargento Mór Gê-éne-érre Christovam.
Foi tão penoso, que escreveu:

.."Que castigo tamanho e que injustiça
que crueldades este homem inventa..."

Há ainda uma terceira versão, mui oculta dos olhos e ouvidos da plebe por ser desqualificadora do carácter do Luis.

Apaixonado desde muito cedo pelas aventuras do Peter Pan , nutria por um dos personagens uma afeição especial e de quem era incondicional fã . O Capitão Gancho.


De tal modo , que durante a sua estadia em Coxim mandou fazer a um correeiro de muita fama, uma manga de couro remetada com um formozíssimo gancho de latão emalhetado que colocava no braço esquerdo, quando personificava o famoso Piratão.
Um dia, numa das suas performances, entrou-lhe um argueiro para o olho esquerdo, e distaído...coçou-se....!!!

A SENSIBILIDADE DE LUIS DE CAMÓES

É no amor que o Poeta encontrou "o pires da sua chávena", e é também aí, que o deixa cair e se estilhaça...
Apaixona-se por tudo o que é mulher, por todas as mulheres do mundo.
E sempre com alta intensidade.


Os poemas que dedica são sempre fogosos, sentidos, delirantes:

"Oh que famintos beijos na flororesta
e que mimoso choro que soava
que arfares tão suaves, que via honesta
que em risinhos alegres se tornava"

A questão que abordámos no inicio da nossa tese, mantém-se:
Como pode um poeta que cria e entrelaça as palavras , e tão sensíveis, tão sublimes, versejar sobre a pulhice dos nossos para se apoderarem do negócio das espeçarias.

Ora para além das mil e uma aventuras com saias, de média e grande intensidade Luís atingiu o "pico" da paixão" por três vezes

Primeiramente com Dona Catarina de Ataíde, dama da Rainha de Copas, a quem o poeta atribuiu o nick name de "Natércia"

Mas é a sua louca paixão por Dona Maria, irmã de João III, que o inspira aos melhores dos seus poemas líricos, mas também à sua pedição.

"Amor é fogo que arde sem se
é ferida que dói e não se sente
é um contentamento descontente
é dôr que desatina sem doêr"

Descoberto o seu amôr proibido na casa da lenha do Palácio Real de Alcácer do Sal, Luis foi de novo encarcerado, e após uns meses de tortura do sono, pau de arara, clisteres opacos, flexões, cambalhotas encarpadas, quadros das quartas feiras, aérobica em cativeiro, sermões temáticos e homílias do Cavaco, rendeu-se
finalmente, e aceitou escrever um poema épico, a que foi obrigado a baptizar de "os Lusíadas",(embora lhes tenha tentado chamar "Luísiadas", uma vez que ele, Luís era quem os escreveria, mas a cúria não foi nisso),e onde teria de contar as aventuras de Vasco da Gama, Albuquerque, Don Sebastião e outros figurões, como se de actos heróicos se tratassem, e não ocorrências previstas e puníveis em qualquer código penal ,duma futura ordem jurídica, dum qualquer país ocidental, dito civilizado, ou como hoje se diz, de direito.

Tal como Da Vinci, deixara escapar , quando obrigado a desdizer a sua descoberta de que a terra era redonda e se movia em torno do sol:
"e contudo se muove"

Luis de Camões escreveria no post facio da Obra:

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
muda-se o sêr, muda-se a confiança.
todo o mundo é composto de mudança
tomando sempre novas qualidades"

Já agora,e para encerrar esta incursão da TRANCA neste tema da História verdadeira ou Crua, de Luis de Camões, repomos também a verdade sobre o pretenso salvamento do Manuscrito dos "Lusíadas", num naufrágo, aquando do regresso do Oriente.

Camões havia concluído o trabalho de casa imposto pelo Rei. Os Lusíadas estavam prontos para entrega. O Poeta viajava com a sua terceira grande paixão, a líndisima chinesinha chamada Dinamene, quando a caravela afundou.

Pressuroso mergulhou no Mar Indico e nadando vigorosamente conseguiu salvar aquilo aque os cronistas descreveram como sendo o manuscrito dos Lusíadas.

Nada mais errado, mais falso, mais mentiroso,
O manuscrito, esse, já havia sido enviado para Lisboa, trazido por um comisário de bordo das Passaretas de Macau

O que ele salvou, segurando firmemente com a mão direita, acima da linha d'água foi um chouriço da famosa Fábrica de enchidos de vacas sagradas de Cochim e Cananor.

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