quarta-feira, 16 de março de 2016

CALENDÁRIO JULIANO

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OS TEXTOS COLECTIVOS FORAM UMA MODALIDADE
DE ESCRITA MUITO DO GÔSTO DO NOSSO PESSOAL
DO VELHO RC.

Alguns dos maiores êxitos da velha TRANCA, foram criados no decorrer de estriónicos brainstorms, onde as gargalhadas até às lágrimas sublinhavam momentos de grande curtição.

Às tantas ,e sempre no intervalo para o almoço, criámos uma linha de publicações diárias, a que chamámos "Santinhos do dia"
Consultávamos o calendário para ver quem era o santinho do dia, e numa durante alguns minutos criávamos uma "estória" que depois era encafuada entre virgulas e pontos finais n um texto.

Este texto que aqui recordo foi produzido no dia de SANTA ZITA.


Zita não conheceu os seus progenitores. Na verdade, foi abandonada na roda do Convento das Irmãs Beneditinas de Trancoso. Diz-se ter sido filha dum pecado da Madre Superiora da Instituição, com o Rei de Portugal. Cresceu e fez-se mulher entre claustros, hábitos, rosários, carrilhões, tedeuns e missas cantadas. A sua vida sofreu um salto qualitativo, quando num Verão em que tinha sido destacada como monitora, para o Centro de Férias das Filhas de Cristo do Moinho da Asneira, foi apanhada a pular a cerca do quintal, para se encontrar com um frade noviço, finalista do Seminário de Vila Nova de Milfontes, chamado Augustinhe Mê Filhe. Expulsa, meteu piercing na língua e no grande lábio, fugindo para Lisboa com o celerado, que ainda por cima a abandonou, trocando-a ignòbilmente por pianáres e pela Tasquinha do Pote D.Água. Da capital foi para o Texas, alugou uma casinha na Travessa dos Remolares, tão perto do local de trabalho, o famoso "Texas Bar", que podia ir a pé.. Fazia também uma "perninha" no "Escandinávia", e mesmo assim, continuava virgem, com testemunhas a afirmarem que nunca homem nenhum lhe havia posto um dedo sequer nas partes vergonhosas. (Nem nunca se falou de mulheres também).
Preocupada com a qualidade da alimentação e serviços do seu local de trabalho, abriu uma Escola Superior de Formação para pretimosas meninas, na nobre arte do refugado e no transporte de terrinas de sopa, nascendo assim a categoria profissional de "sopeira"
Lisboa foi inundada de sopeiras recem-formadas, todas submissas, todas de buço insipiente, pèzinhos mimosos, calçados tamanho 42, vegetação nas pernas, e aptas para todo o serviço. Senilizada muito cedo, caiu no caldeirão do caldo verde, dando origem à "sopa de pedra", famosa pela qualidade da carne e pela dureza da cabeça, que ao ficar intacta, recebeu o nome de calhau. Mesmo assim comeram-na. Por tão grande sofrimento, foi canonizada pelo Papa Açorda XXII, figurando ainda hoje em qualquer cardápio de restaurante de renome

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