terça-feira, 29 de março de 2016

PREMIOS SPA 2016

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A TRANCA SAÚDA A NOSSA COLEGA CRISTINA CARVALHO,
GALARDOADA COM O PREMIO SPA NA LITERATURA, COM
A SUA OBRA "O OLHAR E A ALMA"

A gala da Sociedade Portuguesa de Autores aconteceu na noite, dia 22 de março, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa. Foram distinguidos os melhores trabalhos de 2015 nas categorias de televisão, rádio, cinema, literatura, dança, artes visuais, cinema e música.

E foi nos Prémios de Literatura que a nossa colega da TAP, CRISTINA CARVALHO, foi a vencedora no item literatura, m
MELHOR LIVRO DE FICÇÃO NARRATIVA.



Literatura

A obra O Olhar e a Alma, de Cristina Carvalho, foi eleita Melhor Livro de Ficção Narrativa. A autora dedicou o prémio à família, aos amigos “de toda a vida”, aos leitores, aos professores e alunos, com quem contacta regularmente pelos livros que fazem parte do Plano Nacional de Leitura.

A Sombra e o Mar, de Armando Silva Carvalho foi eleito o Melhor Livro de Poesia. No segmento de literatura infanto juvenil foi distinguido o livro A Palavra Perdida, de Inês Fonseca Santos e Marta Madureira. O prémio foi entregue ao editor João Paulo Cotrim.


Televisão

Na categoria que premeia os melhores trabalhos no pequeno ecrã, a reportagem Sobreviventes, da jornalista Sofia Arêde, venceu o Melhor Programa de Informação. A jornalista partilhou o prémio com o repórter e editor de imagem Fernando Silva e Ricardo Tenreiro. Durante o discurso aproveitou ainda para agradecer à SIC a oportunidade para fazer trabalhos “de maior fôlego”. Da mesma forma, antes da cerimónia, a jornalista Ana Sofia Fonseca, nomeada na mesma categoria, brincava dizendo que o prémio iria certamente “para casa [SIC]”, um reconhecimento da aposta da estação na informação de qualidade.


O Melhor Programa de Ficção foi entregue a João Botelho, pela adaptação do filme Os Maias – Cenas da Vida Romântica, transmitida na RTP. O realizador agradeceu a Eça de Queiroz salientando a intemporalidade da obra.


Teresa Paixão subiu ao palco em representação de Paula Moura Pinheiro, para receber o troféu de Melhor Programa de Entretenimento por Visita Guiada, transmitido na RTP2. A diretora do canal enfatizou o facto do programa divulgar e homenagear criadores portugueses que “deixaram obras primas que resistiram séculos”.

Rádio

O Programa da Manhã, da TSF, recebeu o galardão de Melhor Programa de Rádio. O locutor António Macedo referiu o aspeto simbólico por ter sido entregue por João David Nunes, que, juntamente com Jaime Fernandes, o “devolveram à rádio depois de alguns anos de afastamento”.

ODança

Esta categoria contava com uma dupla repetente. São Castro e António Cabrita viram mais uma vez o seu trabalho reconhecido e Tábua Rasa figurava entre as coreografias candidatas ao prémio de Melhor Coreografia. Antes da gala, os dois bailarinos mostraram-se muito tranquilos, e “sem quaisquer expectativas”, apesar de “muito contentes” por mais uma nomeação. A distinção foi entregue a João dos Santos Martins pela obra Projecto Continuado, construído “com muito amor”, referiu no discurso.

Artes Visuais

Helena Almeida recebeu o prémio de Melhor Exposição de Artes Plásticas. O Melhor Trabalho de Fotografia consagrou Posto de Trabalho, de Valter Vinagre. José Capela subiu ao palco para receber o prémio por Melhor Trabalho Cenográfico pelo cenário da peça Pirandello. O cenógrafo partilhou-o com toda a equipa da companhia Mala Voadora.

Teatro

A peça Demónios, de Nuno Cardoso, foi considerada o Melhor Espetáculo. Sofia Marques recebeu o prémio de Melhor Atriz, pela prestação na peça Lisboa famosa, portuguesa e milagrosa. O papel de protagonista em Ricardo III valeu a Miguel Moreira o prémio de Melhor Ator. Num discurso longo, o ator frisou que o experimentalismo é o “lugar melhor onde os Homens se podem encontrar”, agradecendo ao encenador Tiago Rodrigues o facto de levar essa estética ao palco.

Por fim, Para uma encenação de Hamlet, de Jorge Listopad, venceu na categoria Melhor Texto Português Representado.

Cinema

Na sétima arte, o filme Yvone Kane, de Margarida Cardoso foi considerado o Melhor Argumento e Melhor Filme.

Das três atrizes candidatas ao galardão de Melhor Atriz, o Espalha-Factos falou com Vitória Guerra que referiu que mais importante que o prémio é a nomeação, “especialmente por parte da SPA”. A atriz diz-se muito feliz com o ano que passou e com as pessoas “extraordinárias” com quem trabalhou. Joana Verona que levou para casa o título de Melhor Atriz, mostrou-se, mesmo antes de saber o resultado, lisonjeada por estar nomeada “ao lado da Beatriz [Batarda]”, uma atriz que admira.

José Mata foi eleito o Melhor Ator pela participação no filme Amor Impossível.


Música

Diogo Piçarra que lançou o primeiro álbum no ano passado foi nomeado na categoria Melhor Tema de Música Popular. O cantor afirmou ser “um sinal de reconhecimento de todo o trabalho desenvolvido ao longo de três anos”. O prémio foi arrecadado por Chama-me que eu Vou, de David Fonseca.

OO prémio de Melhor Trabalho de Música Erudita foi entregue ao maestro Álvaro Cassuto, pela obra José Viana da Mota – À Pátria. O álbum Extinct dos Moonspell foi considerado o melhor do ano.


Outros Prémios

Para além dos autores premiados, anteriormente referidos, foram distinguidas as Câmaras de Óbidos e Idanha-a-Nova com o prémio para a Melhor Programação Cultural Autárquica.

O Prémio Internacional foi entregue ao jurista Gadi Oron, director-geral da Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores, sediada em Paris.

O Prémio Vida e Obra coube a Carlos Avilez e ao Teatro Experimental de Cascais, fundado em novembro de 1965. O encenador apelidou de “incrível e muito significativo” este prémio. Incrível por celebrar uma carreira que simboliza “uma vida” e por ser entregue pela Sociedade Portuguesa de Autores com quem tem uma relação muito próxima. “O meu avô e o meu tio Alberto foram fundadores da SPA. Eu assisti à evolução da Sociedade Portuguesa de Autores”, afirmou.

Visivelmente emocionado, Carlos Avilez considerou a companhia e a escola de Teatro de Cascais o seu projeto de vida e revelou-se orgulhoso dos atores que já viu crescer. 51 anos depois de fundar a escola de teatro afirma que “ensinar é não envelhecer”.

Os vencedores foram escolhidos por um painel de três jurados em cada categoria. A gala, transmitida em direto na RTP2, encheu a plateia da Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II e contou com as atuações de Jorge Palma e Sérgio Godinho, Tiago Bettencourt, Márcia, Moonspell, e Camané.

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